Inicie na Bett UK 2025: interação e variedade de soluções nos estandes

Robótica, programação e cultura maker são destaques na feira educacional de Londres

No terceiro dia da Bett UK, a tecnologia se mostrou o ponto-chave para transformar a educação em uma experiência inclusiva e empática. Entre robôs sofisticados, competições de e-Sports e discussões sobre acessibilidade, o evento reforçou como a inovação pode estar a serviço da humanidade. Fernanda Alves, diretora de operações da Inicie, compartilha os momentos mais marcantes, refletindo sobre o papel da tecnologia na construção de uma educação mais conectada, colaborativa e preparada para o futuro. Confira:

“O penúltimo dia da Bett UK foi repleto de descobertas e experiências marcantes. Dediquei o dia a explorar a feira, visitar estandes e conversar com pessoas de diferentes empresas e instituições. É impossível não se impressionar com a variedade de soluções apresentadas e o quanto a tecnologia continua a abrir caminhos para a educação.

Robótica, programação e cultura maker seguem como grandes protagonistas. Muitos estandes exibiam desde kits simples para iniciantes até robôs sofisticados, capazes de realizar tarefas complexas. Em vários espaços, era possível ver alunos interagindo com essas tecnologias: programando robôs para cumprir desafios ou desenvolvendo projetos que estimulam criatividade, resolução de problemas e pensamento crítico.

Outro destaque foi a presença de e-Sports na feira, mostrando como os jogos eletrônicos podem ser integrados ao ambiente escolar. Em alguns estandes, competições aconteciam ao vivo, com alunos jogando enquanto aprendiam sobre estratégia, trabalho em equipe e habilidades digitais. A energia e o engajamento nesses espaços chamaram a atenção, mostrando o potencial dos e-Sports para criar conexões e incentivar a aprendizagem de forma inovadora.

Se tivesse que eleger dois grandes temas que marcaram o dia, eu destacaria as ideias de “não deixar ninguém para trás” e a empatia.

Em uma mesa-redonda a que assisti, com professores, gestores e especialistas, a discussão girou em torno de como a tecnologia pode ser usada para promover acessibilidade e educação inclusiva, garantindo que todos os alunos, independentemente de suas necessidades, tenham as mesmas oportunidades. As oficinas e painéis sobre o tema trouxeram soluções práticas, como ferramentas voltadas para estudantes com deficiência e estratégias para criar ambientes de aprendizado mais acolhedores e diversos.

Já no estande do Google for Education, participei de uma sessão inspiradora sobre empatia na educação. O facilitador, um Google Champion, começou com uma história pessoal emocionante sobre as dificuldades que enfrentou na escola por falta de acolhimento, ilustrando como é essencial entender as emoções dos alunos. Ele apresentou ferramentas práticas, como apresentações, formulários, planilhas e a extensão Kami, para reconhecer e responder às emoções dos estudantes de forma simples e eficaz. Foi uma demonstração cativante de como a tecnologia pode ser utilizada para criar conexões humanas e transformar a experiência educacional.

Essas oficinas rápidas acontecem continuamente nos estandes da feira. Apesar de curtas, são repletas de insights e mostram como a formação continuada é indispensável para que educadores usem a tecnologia com intencionalidade pedagógica e impacto real.

Este penúltimo dia reforçou ainda mais como a educação pode ser a ponte entre inovação e humanidade. Entre robôs, e-Sports, ferramentas de acessibilidade e sessões sobre empatia, ficou claro que o verdadeiro impacto da tecnologia na educação só acontece quando ela está a serviço de objetivos maiores: inclusão, colaboração e o desenvolvimento de competências para o futuro.”