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Aprendizagem Maker: o que é e como aplicar em 2021

Especialmente em função da quarentena imposta pela pandemia de Covid-19 ao longo de 2020 — e que se prolongará até que uma vacina segura seja homologada e aplicada em toda a população —, o movimento “faça você mesmo” apresentou significativo crescimento no Brasil.

 

Transpondo essa filosofia para o universo da educação, chegamos no conceito de aprendizagem maker, ou seja, um processo que tem como objetivo promover a experimentação e a prática através da mão na massa.

 

Inserido no que se chama de metodologias de aprendizagem ativa, o movimento maker na educação é altamente potencializado pelas novas tecnologias que podem ser utilizadas em sala de aula — seja presencial ou remotamente.

 

A aprendizagem maker agrega diversos benefícios para as instituições de ensino ao melhorar a qualidade dessa educação, tornar os estudantes mais autônomos, criativos e capazes de pensar criticamente para solucionar problemas do dia a dia.

 

Continue lendo este artigo e saiba mais sobre a aprendizagem maker, além de conferir algumas dicas de como aplicar na sua instituição de ensino em 2021 para se diferenciar, aumentar sua captação de alunos e ter ainda mais sucesso diante da comunidade escolar!

 

O que é aprendizagem maker

 

A aprendizagem maker é uma metodologia ativa de aprendizagem que tem como principal característica — assim como as demais desta categoria, que vai de encontro ao ensino tradicional —, promover o protagonismo dos estudantes ao longo de seu processo educacional.

 

A metodologia surge da cultura ou movimento maker, que tem como base o conceito de “faça você mesmo” e foi criada na década de 1960. A inovação por trás deste método está no fato de, além de utilizar tecnologia em sala de aula para facilitar os processos, promover atividades práticas de experimentação e através da filosofia de tentativa e erro para, assim, desenvolver o aprendizado dos estudantes.

 

Dentro da aprendizagem maker um dos grandes objetivos é que os grupos de estudantes, por conta própria, façam uma exploração, através dos recursos disponíveis, do processo de construção do conhecimento. Assim, atividades que instiguem processos de criação, investigação e resolução de problemas fazem parte do dia a dia de forma totalmente prática, estimulando os estudantes a compreenderem conceitos e realizar questionamentos ao longo de todo o processo. Colocar a mão na massa é tido como uma das maneiras mais eficientes de reter conhecimento, o que se aplica com excelência por meio da aprendizagem maker.

 

Em resumo, ao propor atividades e dinâmicas dentro da aprendizagem maker, os professores e instituições de ensino contribuem para tornar o processo educacional mais significativo para cada estudante. Isso contribui também para que esses alunos vejam a escola cada vez mais como um espaço de construção, e não como algo desmotivador.

 

Como aplicar a aprendizagem maker na sua instituição de ensino

 

Existem diferentes formas de promover este conceito de aprendizagem maker dentro da sua instituição, e a primeira coisa a se pensar é que isso não vai modificar todo o seu processo educativo já consolidado.

 

A proposta, neste caso, é incluir atividades e tarefas da metodologia dentro do que a sua escola já pratica, de modo que aos poucos o processo seja transformado para algo cada vez mais maker, mas sem extinguir totalmente o plano pedagógico que você já aplica.

 

A seguir, confira algumas dicas importantes que você deve se atentar ao investir em um processo de implementação de aprendizagem maker na sua instituição de ensino.

 

#1 Cultura e Gestão

 

Esta é uma tecla na qual sempre batemos quando se trata de inovação na educação: é preciso que a gestão, diretoria, corpo docente e famílias estejam altamente alinhados com a proposta inovadora.

 

Ao trazer mudanças com relação aos processos tradicionais de ensino, metodologias como a aprendizagem maker devem ser devidamente estudadas, o cenário e realidade da escola analisados para entender até que ponto é possível implementar, e toda a comunidade orientada a respeito de como irá funcionar.

 

A mudança cultural vai desde atualizar o plano de ensino incluindo as novas atividades e metodologia, passando pela capacitação dos professores para ministrar e conduzir este novo formato de aula, até a disponibilização de espaços e recursos na escola para que as propostas se concretizem. Portanto, não é um processo que pode ocorrer da noite para o dia, é necessário um preparo de todos os envolvidos para que haja sucesso na implementação.

 

#2 Mudança de mentalidade

 

Processo fundamental para a implementação com sucesso da aprendizagem maker, a mudança de mentalidade da gestão e dos professores deve ocorrer logo no início dos estudos sobre essa metodologia.

 

As aulas que nos métodos tradicionais de ensino costumam ser majoritariamente expositivas, onde o professor apresenta o conteúdo e os alunos absorvem e depois respondem a uma prova, passam a ser mais participativas e contar com momentos de mão na massa.

 

Assim, é preciso que haja o que se conhece na educação como espaços maker para proporcionar maior efetividade nesses novos momentos que são introduzidos com a metodologia. Esses ambientes, por sua organização de mobiliário, cores e equipamentos disponíveis, estimulam a criatividade dos estudantes e despertam interesse em utilizá-los nas atividades propostas.

 

Lembrando que não é preciso investir milhões logo de início para criar esses ambientes, e sim aproveitar recursos como as próprias mesas e cadeiras da sala de aula física, por exemplo, colocando-os em rodas para estimular debates.

 

Outra alternativa é disponibilizar papel, lápis, caneta, tesoura e cola (ou recursos como o Jamboard do Google for Education, no caso de aulas online) para promover atividades criativas, entre outras soluções que podem funcionar como um meio termo.

 

Um terceiro caminho pode ser levar os estudantes à cozinha (seja da escola ou de casa, com auxílio dos pais) para praticar receitas e estimular, assim, a mão na massa característica da aprendizagem maker.

 

#3 Buscar inspirações

 

A base para a aplicação da aprendizagem maker nas instituições de ensino é o conhecimento sobre a metodologia e a inspiração em outros casos de uso que já deram certo.

 

Assim, a dica que deixamos aqui é que você, enquanto responsável pela sua instituição ou pela implementação da metodologia, faça pesquisas na internet para conhecer outras escolas que já utilizam, ver como elas fazem e quais os resultados; converse com outros educadores e gestores de escolas para entender o que é possível ser aplicado; e mantenha um diálogo com a comunidade escolar para identificar também os interesses e necessidades que eles trazem.

 

Aprendizagem maker parece um conceito interessante e aplicável para você, depois do que mostramos por aqui? Então continue acompanhando o nosso blog para ver cada vez mais novidades e entender como podemos contribuir com esse primeiro passo de transformação digital na sua escola!