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A educação emocional e o preparo do profissional docente

Não foi só a saúde física dos mais de 20 milhões de brasileiros acometidos pela Covid-19 que ficou comprometida durante a pandemia, mas também a saúde emocional de todos. A pandemia provocou um estado histórico de sensibilidade na população, de modo que foi preciso intensificar ações de educação emocional.

 

Nervos à flor da pele, as emoções confusas e os sentimentos de ansiedade e insegurança reinando. As pessoas estiveram à beira (ou efetivamente atingiram) dos seus limites em muitos momentos ao longo deste período, com os números de casos de depressão, ansiedade e demais transtornos psíquicos crescendo significativamente.

 

Em meio a tudo isso, é preciso um olhar com ainda mais atenção para os profissionais que lidam diariamente com atividades que requerem um estado emocional mais estável, principalmente aqueles das áreas de saúde e educação. É o caso dos nossos professores e equipes pedagógicas de escolas que, além de se capacitarem e atualizarem sobre as práticas do ensino, precisam contar com um preparo emocional para passar adiante essa segurança.

 

Confira neste artigo um pouco mais sobre a importância deste preparo emocional para os docentes, e como alcançar bons resultados neste sentido na sua instituição de ensino.

 

 

O que é e qual a importância da educação emocional

 

Educação emocional é um processo individual de autoconhecimento direcionado à elaboração de estratégias para identificar e compreender melhor as próprias emoções. O cerne deste desenvolvimento está nos saberes da inteligência emocional, ponto fundamental de aprimoramento para a convivência no mundo moderno.

 

A educação emocional tem como premissa que as pessoas devem saber reconhecer as suas emoções, nomeá-las, identificar sua origem, entender o que ela pode significar e saber lidar com isso para ter maior equilíbrio e bem-estar. Momentos desafiadores e sentimentos ruins sempre vão existir, e não há nada mais natural do que isso. No entanto, a educação emocional ajuda a saber como conduzir as nossas atitudes com relação a esses sentimentos para assumir o controle de nós mesmos.

 

As emoções não são normalmente trabalhadas nos processos educativos tradicionais, são deixadas de lado e é estimulado que elas fiquem apagadas. Ser racional e não se deixar levar pelas emoções, não chorar em público e associar o choro à fraqueza, por exemplo, são discursos que a maioria de nós ouvimos desde pequenos.

 

Não somos ensinados a lidar com as nossas emoções, e os impactos disso são vistos com cada vez mais força nas ações da nossa sociedade. Incapacidade de lidar com frustrações, irritação, estresse, tristeza, raiva e tantos outros sentimentos que explodem de formas inapropriadas porque não soubemos — e não foi do interesse de ninguém à nossa volta que aprendêssemos — a lidar com as nossas emoções desde cedo.

 

Por isso a importância de a escola trazer esse estímulo, para que as bases da formação cidadã dos indivíduos já estejam sustentadas na inteligência emocional. Essa jornada pode contar com o apoio de inúmeras frentes, como a própria escola, mas também como terapias alternativas, arte, esporte, religião entre outros. No entanto, não pode deixar de ser construída.

 

Educação emocional no preparo dos professores

 

Com base em tudo que falamos até aqui, fica clara a importância de que os professores também estejam envolvidos nessa jornada? Afinal, eles vão estar diretamente envolvidos na educação emocional dos seus alunos, e também precisam estar com a saúde emocional em dia para isso.

 

Os professores já contavam com uma carga emocional e de trabalho muito alta mesmo antes de toda a crise emocional desencadeada pela pandemia. Com esse fator extra, tornou-se ainda mais importante investir no preparo emocional dos professores. Um primeiro passo para começar essa é admitir a necessidade e direcionar olhares para isso.

 

A dica aqui é: a instituição de ensino deve, sim, se preocupar e tomar atitudes em prol de contribuir com a educação emocional e preparo dos docentes. No entanto, cada pessoa é responsável pelo seu próprio bem-estar, pelas suas próprias escolhas e emoções. Por isso, cabe a cada um tomar consciência da importância de olhar para isso e buscar caminhos que possam ser úteis. Algumas dicas que separamos:

 

  • conhecer as próprias emoções e saber como lidar com elas;
  • desenvolver resiliência emocional, o que não quer dizer “não sentir”, e sim ter consciência para agir de acordo com o que for necessário
  • equilibrar vida pessoal de lazer, prática de atividades físicas e descanso com a rotina profissional;
  • saber declinar o que não vai trazer benefícios;
  • manter vínculos de amizades para compartilhamento de experiências e dificuldades.

 

Se você ou a sua instituição de ensino se identificam com a importância de cuidar da educação emocional e do preparo dos profissionais de educação, você está no caminho certo! Temos diversos conteúdos no nosso blog que falam sobre esses assuntos, continue acompanhando e não perca nossas novidades!