educação inclusiva

Como formar professores para uma educação inclusiva

Os desafios da educação inclusiva passam não somente pela implementação de práticas em sala de aula junto aos estudantes, mas já tem início na preparação dos professores. Isso porque, para que tenham a autonomia e o conhecimento necessários para lidar com alunos com necessidades especiais, é preciso que também os professores sejam preparados para tal.

 

Toda instituição de ensino deve contar com professores capacitados em todos os sentidos, e isso envolve também a educação inclusiva. Neste artigo, trazemos um panorama do que deve ser levado em consideração quando se fala neste preparo dos professores. Traremos também algumas dicas do que a sua escola pode começar a implementar a partir de agora.

 

A importância da disponibilidade para lidar com as diferenças

 

Não há nada mais enriquecedor nas relações sociais do que as diferenças entre os indivíduos. Cada ser humano é único em suas características, competências, dificuldades, desejos e sonhos, e isso tem um potencial que deve ser aproveitado em todos os contextos.

 

Na escola não é diferente, e essa diversidade precisa ser abraçada e estimulada pelos seus representantes. Ou seja, não é só o professor, mas a escola também deve estar preparada para oferecer uma educação inclusiva, do ponto de vista de contar com um plano pedagógico e dinâmicas escolares que reconheçam e valorizem as diferenças.

 

A educação é um direito de todos, então é fundamental que as pessoas com necessidades especiais também sejam contempladas. Para isso, as escolas precisam contar com uma estrutura, principalmente com uma mentalidade, abertas a receber essas crianças e jovens e a oferecer o melhor possível para a sua trajetória educacional.

 

Educação inclusiva por experiência

 

Um dos primeiros conhecimentos essenciais a todo professor que deseja se capacitar para realizar uma educação inclusiva é o de que não existem regras escritas em pedra. É isso mesmo, pretendemos passar um panorama de contexto neste artigo, mas não temos como oferecer uma receita infalível para o preparo dos professores.

 

Isso porque a educação inclusiva, assim como toda vivência com o diferente, prevê a necessidade da experiência prática para aquisição do conhecimento. É possível — e fundamental — estudar a legislação, como a Declaração de Salamanca, de 1994, e demais leis do setor, para conhecer a teoria. No entanto, é somente na prática com cada estudante que será possível identificar o melhor modo de agir.

 

Para estar capacitado, o professor precisa saber respeitar e conviver com as diferenças. Sendo assim, temos que o preparo completo do professor para desenvolver uma educação inclusiva deve se dar através da convivência com as necessidades dos alunos.

 

Os primeiros passos neste sentido devem ser dados com muito estudo e dedicação. Ler sobre o assunto, conhecer as terminologias empregadas pelos profissionais da área, pesquisar sobre diferentes possíveis necessidades especiais e acompanhar estudos de caso já realizados por outros professores. Todas essas são atividades que a instituição de ensino pode estimular, mas também que cada professor pode buscar por conta própria para se desenvolver.

 

Uma dica interessante também nessa capacitação é conversar com educadores que já trabalham com alunos com necessidades especiais, para trocar experiências e conhecer mais sobre a realidade dele.

 

Como incluir a todos

 

Um desafio estrutural que muitas vezes está por trás do sentimento de falta de preparo das instituições para lidar com necessidades especiais dos alunos é o preconceito. As escolas e professores estão mais acostumados a lidar com crianças e jovens sem deficiência, envolvendo dinâmicas de aula sem diferenciações, pois considera-se que todos têm a mesma capacidade de aprendizagem.

 

Isso já é um erro por si só pois, como mencionamos anteriormente, toda pessoa é diferente da outra, e isso envolve também a sua forma de aprender. No entanto, quando passamos para o assunto de pessoas com necessidades especiais, a barreira fica ainda mais intransponível. Essas pessoas tendem a ter sua capacidade menosprezada, e a serem consideradas incapazes de aprender ou de estar ali naquele ambiente escolar.

 

Esse pensamento limitante é preconceituoso e deve ser eliminado com a força do conhecimento. Quanto mais os professores estudarem sobre crianças com necessidades especiais, mais claro vai ficar a respeito de suas potencialidades e formas de trabalhar com elas.

 

Crianças e jovens com necessidades especiais são, sim, capazes de aprender e de realizar assim como qualquer outra criança, desde que contem com as ferramentas necessárias para os seus próprios processos e sejam respeitadas neste sentido. O foco deve estar nas potencialidades e possibilidades da criança, e não nas suas deficiências. É só assim que os professores estarão efetivamente preparados para atuar em uma educação inclusiva.

 

Incluir e integrar a todos, sem discriminação, é o objetivo de uma educação inclusiva. E a preparação dos professores e das escolas deve se concentrar especialmente na compreensão das diferenças como ponto forte, e não como barreira. Converse com a Inicie para saber mais e comece a aplicar práticas de preparo para educação inclusiva junto à sua equipe pedagógica!