Você já ouviu falar sobre o conceito de Escape Room? Para além do filme de terror psicológico de mesmo nome, trata-se de um grande desafio mental em que os participantes precisam se apoiar mutuamente para solucionar enigmas e mistérios. O teor do que deve ser resolvido varia conforme o objetivo de quem está organizando o jogo, porém originalmente o conceito está associado à sobrevivência.
O nome Escape Room faz menção a escapar de uma sala, ou seja, o jogo acontece dentro de um espaço físico onde as pessoas estão trancadas e precisam encontrar e resolver pistas para serem libertadas. Assim, podem ser temáticos, com cenários fictícios, criados especialmente para aquele momento, ou também embasados em fatos.
Uma empresa, por exemplo, pode reunir um grupo de profissionais em um Escape Room para encontrar uma solução para um determinado bug no software que desenvolve. Assim, temos um cenário real, para o qual é lançado um desafio e existem diferentes caminhos que os participantes devem se esforçar para encontrar e resolver.
Outra forma de uso é pelo entretenimento mesmo, onde é criado um ambiente imaginário qualquer, com o tempo correndo, e fazer com que os participantes descubram pistas no ambiente para ajudá-los a conquistar o objetivo. Os ambientes podem ser os mais variados, como casas, quartos, cofres, salas de aula, refrigeradores de supermercado, adegas de vinho, naves espaciais etc.
Toda essa dinâmica também pode ser muito benéfica para o uso em sala de aula, com seus alunos. Na III Jornada Edu, realizada pela Inicie, você terá acesso à oficina “Mão na massa: Escape rooms”, onde poderá aprender mais sobre essa temática e ver na prática como funciona. Continue a leitura e prepare-se para jogar!
Entenda a febre dos jogos de Escape Room
O senso de pertencimento à narrativa criada e o estímulo de sempre se sentir desafiado. Esses são os dois principais sentimentos que transformaram os jogos de Escape Room em uma febre no Brasil e no mundo nos últimos anos. Mas por trás da aventura, muita colaboração e trabalho em equipe fazem com que tudo dê certo.
Diferente da maioria dos jogos e desafios que conhecemos hoje, o Escape Room seguiu uma trajetória inversa de desenvolvimento. Saiu das telas para o mundo real. Os jogos deste formato começaram a ter adesão pela internet nos anos 2000, onde os ambientes eram criados virtualmente e o personagem do jogador precisava encontrar pistas para ajudá-lo a escapar.
Alguns anos depois, um empresário japonês teve a ideia de transportar essa dinâmica para o mundo real, criando as salas físicas nas quais os desafios acontecem. É muito importante sempre ter em mente que esses jogos não possuem finalidades exterminadoras, que ninguém pode se ferir ou ser danificado de forma alguma durante as dinâmicas.
Por mais que haja suspense em alguns cenários específicos, e que sejam divulgadas as consequências de não conseguir escapar, os jogos na vida real não imitam a arte, então ninguém perde a vida nem sofre nenhuma consequência real, a não ser perder o jogo mesmo.
Os Escape Rooms podem ainda se utilizar de recursos de realidade virtual e aumentada para proporcionar experiências mais realistas aos seus participantes. Assim, é possível criar salas apenas virtualmente, mas inserir elementos na casa do jogador que transmitam a sensação de que ele está presencialmente enfrentando aqueles obstáculos.
Escape Room e educação: como juntar as duas coisas
Os jogos de escape são sempre jogados em equipes, ou seja, a ideia não é que um indivíduo resolva o mistério sozinho. Essa é uma lição fundamental para todos que praticam esse tipo de exercício, e que também pode ser diretamente associada como um benefício da Escape Room em sala de aula.
O desenvolvimento dos alunos pode ser consideravelmente impactado por uma experiência como essa, considerando todos os estímulos recebidos e ações práticas que precisam ser tomadas. Calma e atenção são dois pontos muito importantes que devem ser aplicados em jogos dessa natureza, para além da colaboração e trabalho em equipe.
Isso ajuda os estudantes a trabalharem melhor com as suas emoções — que ficam à flor da pele em situações como essa —, e a compreender como reagir em possíveis cenários adversos.
Na sala de aula (seja online ou presencial), o Escape Room pode ser aplicado como um teste de conhecimentos, colocando pistas que estejam associadas ao conteúdo ministrado em sala de aula. Você pode criar um cenário, por exemplo, que seja dentro de um corpo humano para reforçar conhecimentos de biologia, e construir a narrativa de que aquele ser humano está com algum problema de saúde que precisa ser diagnosticado e solucionado.
É um exemplo de como pode ser aplicado na educação, porém você também pode utilizar somente as técnicas da Escape Room para estimular: o trabalho em equipe, o senso de pertencimento, o raciocínio lógico, a capacidade de solucionar problemas e tantas outras competências que esse tipo de jogo proporciona para os seus alunos.
O uso de Escape Room na educação é inovador e precisa ser muito bem estudado para que sua aplicação seja produtiva e interessante para todos. Inscreva-se na III Jornada Edu, da Inicie, e acompanhe palestras, oficinas e debates sobre este e diversos outros temas relacionados a tecnologias e inovações educacionais.