O dia 14 de novembro demarca a alfabetização como um direito fundamental e um compromisso coletivo pela cidadania e pelo desenvolvimento social no Brasil
O Dia Nacional da Alfabetização, comemorado em 14 de novembro, é uma data que tem profunda importância para a educação no Brasil. Criado em 1966, esse dia é uma homenagem à fundação do Ministério da Educação (MEC), em 1930, e também um convite político tanto ao combate ao analfabetismo quanto à construção de políticas públicas que assegurem o direito à alfabetização para todos.
Há quem pense que alfabetizar envolve apenas ensinar a ler e escrever, mas a realidade é que esse processo envolve muitos outros aspectos, como garantir o acesso ao desenvolvimento cognitivo e à autonomia pessoal de crianças e adultos. Quando uma pessoa é alfabetizada, ela ganha ferramentas para navegar pelo mundo e para interpretar, criticar e transformar a realidade ao seu redor.
No Brasil, em 2022, o Censo Demográfico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontou que 7% da população brasileira com mais de 15 anos ainda era analfabeta. Esse número reflete um longo histórico de desigualdades educacionais e sociais no país. Recentemente, no entanto, houve progressos importantes para as crianças.
Em 2023, o “Indicador Criança Alfabetizada”, publicado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), com apoio do MEC, indicou que 56% dos estudantes do 2º ano do ensino fundamental em escolas públicas atingiram o nível desejado de alfabetização. Essa porcentagem marca uma recuperação importante no desempenho após o impacto da pandemia, embora ainda haja muito a ser feito para que todas as crianças alcancem a alfabetização plena na idade adequada, concretizando a meta de 100%.
O pós-pandemia representou um desafio profundo e marcante para a educação, e adaptar as metodologias de ensino se tornou essencial para atender às novas gerações. Hoje, para alfabetizar, é preciso envolver as crianças de forma interativa e crítica, integrando tecnologias e habilidades para a vida.
E a Inicie desenvolve oficinas que auxiliam os professores nesse processo. Conheça algumas delas:
“Meu primeiro livrinho digital”: ensina os educadores a criar livros digitais interativos com ferramentas como Google Apresentações e Book Creator, para promover a leitura e a escrita envolventes e engajar as famílias no processo de alfabetização.
“Educação musical”: transforma a música em uma ferramenta de ensino a partir do uso de recursos digitais, como Chrome Music Lab e AI Duet, que integram Música, Artes e Matemática de forma lúdica.
“Google para baixinhos”: ensina os professores a utilizar as Planilhas e os Desenhos do Google com os pequenos e a criar materiais interativos que incentivam o aprendizado digital de maneira segura e divertida.
Oficinas de educação midiática: preparam os professores para incorporar o letramento digital no ensino desde os primeiros anos, orientando crianças e responsáveis a navegar de forma saudável e equilibrada no mundo digital. Entre as possibilidades de oficinas, estão “Combatendo as Fake News”, “Educação midiática para Educação Infantil” e “O mundo conectado: educação midiática na sala de aula”.
Essas iniciativas fortalecem a autonomia e a confiança das crianças, que são essenciais para um desenvolvimento pleno. Neste Dia Mundial da Alfabetização, a promoção de práticas inovadoras de alfabetização reforça o caminho para uma educação transformadora e o lembrete de que o direito à alfabetização e à educação de qualidade deve ser universal. Afinal, sem educação de qualidade, não há cidadania plena e, nesse contexto, a alfabetização segue sendo uma poderosa ferramenta de transformação social.
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