Segundo a especialista Lilian Bacich, ensino híbrido é uma metodologia educacional que promove uma integração da educação com as ferramentas digitais. Isso se dá majoritariamente através da mescla entre estratégias do ensino presencial e estratégias utilizadas na educação online.
Professores e alunos são impactados pela aplicação do método, que impulsiona toda uma transformação na maneira de fazer educação. As aulas dentro da metodologia de ensino híbrido precisam ser planejadas especificamente para contemplarem este formato.
A pesquisadora Lilian Bacich, por exemplo, orienta que não se trata somente de colocar computadores na sala de aula. A ideia é estruturar todo o plano pedagógico para extrair o melhor dos dois mundos.
Para entender de uma vez por todas do que se trata o ensino híbrido e que conceitos estão relacionados com sua aplicação, continue a leitura deste artigo!
O que é ensino híbrido
Originário da nomenclatura Blended Learning e também conhecido no Brasil como ensino combinado, o ensino híbrido vislumbra o processo de aprendizagem simultâneo nos meios físico e digital. Em outras palavras, trata-se de abordar a educação através de aulas presenciais com instruções assistidas através da tecnologia.
Um trio de pesquisadores da área, em seu livro “Ensino híbrido: personalização e tecnologia na educação”, apontam para o conceito de hibridez na educação como algo não tão novo. Para eles, a educação já é híbrida por natureza, mesclando diferentes metodologias, espaços de estudo e fontes de aprendizado.
O que diferencia os conceitos, no caso do que se entende por ensino híbrido é, no entanto, a formalização atribuída a este processo enquanto modelo de ensino. Aqui, os estudantes têm uma carga horária formalizada dividida entre o presencial e o digital.
No modelo tradicional de educação envolve a presença física dos alunos e professores em sala de aula, com determinadas rotinas de aulas expositivas, entregas e apresentações de trabalhos e realização de provas para testar os conhecimentos aprendidos.
Uma atividade pode ser apresentada pelo professor em sala de aula, porém a sua entrega se dar através de alguma ferramenta ou plataforma digital.
O essencial a ser compreendido neste caso é que o ensino híbrido requer uma transformação da estrutura pedagógica da instituição de ensino. Existe ampla pesquisa e teorização a respeito do tema, e algumas definições práticas não podem deixar de ser seguidas. Assim, se você deseja implementar ou especializar a sua instituição de ensino no formato híbrido, é fundamental haver capacitações e muito preparo.
Ensino híbrido versus ensino remoto emergencial
O ensino remoto emergencial foi um tema amplamente discutido nas esferas educacionais e familiares quando do alastramento da pandemia de Covid-19. Esta modalidade se diferencia do ensino híbrido por não prever a abordagem presencial de nenhuma maneira.
O ensino remoto emergencial foi regulamentado de forma extraordinária pelos governos para que as atividades escolares não precisassem ser 100% paralisadas em função da pandemia. Assim, permitiu-se que ocorresse, mesmo em escolas e cursos originalmente presenciais, a manutenção das aulas e das atividades ao longo do ano.
Muitas instituições se viram diante de dilemas sociais, sobre quantos dos alunos realmente conseguiriam acompanhar aulas remotas, por exemplo, devido ao acesso à internet. No entanto, de forma geral, pode-se dizer que a empreitada teve sucesso ao garantir a maior parte do funcionamento educacional antes do retorno presencial.
A possibilidade de desenvolver conhecimentos nos temas abordados através do contato com diferentes caminhos agrega muito para o potencial estudantil. No caso da rotação de laboratório, os estudantes podem, por exemplo, acompanhar uma aula expositiva sobre um determinado tema e, logo em seguida, ir para o laboratório de informática pesquisar detalhes sobre o assunto.
Assim, ele tem autonomia para se aprofundar nos aspectos do tema que mais interessarem, criando a sua própria trilha de aprendizado e desenvolvendo habilidades digitais para a pesquisa e consumo das informações.