RPG como ferramenta de aprendizado

O RPG como ferramenta de aprendizado

Sigla para Role Playing Game, o que conhecemos como RPG é um jogo de interpretação de papéis ou personagens, no qual há uma narrativa em que esses jogadores ficam imersos. Há também objetivos a serem conquistados, desafios no meio do caminho, obstáculos, inimigos etc., tal qual as nossas artes de literatura e cinema.

 

Tudo isso pode acontecer tanto no meio offline quanto dentro do universo da tecnologia, através de jogos digitais. Existem jogos de RPG que funcionam em tabuleiros com peões, pode haver jogos de cartas, e também aqueles criados de forma computadorizada.

 

Os jogos, de forma geral e também os RPGs, proporcionam inúmeras experiências positivas de desenvolvimento cognitivo para os participantes. Desde estratégia, passando por agilidade, senso crítico, interpretação de texto e sinais, localização no mapa, idiomas (quando o jogo é em outras línguas), até trabalho em equipe, resiliência e determinação.

 

Todas essas competências podem ser trabalhadas através de RPGs, então, por que não trazer essa realidade para dentro da nossa educação? Na III Jornada Edu, realizada pela Inicie Educação, você terá acesso à oficina “Re_pense: Criando novos mundos através de RPGs”, onde abordamos falamos sobre como elementos de RPG podem transformar nossas atividades em sala de aula.

 

Continue a leitura e já chegue no nosso evento preparado para os debates!

 

O que é e como funciona o RPG

 

A estrutura de RPG que conhecemos hoje surgiu nos Estados Unidos, em 1974, e de lá, se espalhou pela cultura mundial. Em cada “partida”, os jogadores devem interpretar personagens de acordo com o contexto do ambiente em que se passa aquele jogo. Além dos jogadores, há uma posição fixa no jogo que é sempre de uma única pessoa.

 

O mestre, que é um dos jogadores e será responsável por dar o tom e encaminhar as narrativas do jogo de forma geral, assim como também a de cada personagem. É essa pessoa também que irá narrar o jogo para todos os participantes, colocando um pouco da sua personalidade e criatividade na história, se for do seu desejo.

 

À medida que o jogo vai se desenvolvendo, os participantes vão largando mão de suas estratégias para alcançar o objetivo final. Além disso, pode haver um vilão ou anti-heróis, que são os personagens que tem como meta dificultar ou eliminar os demais jogadores. Isso vai de cada jogo, de cada história, e cabe também ao mestre determinar.

 

O uso de RPGs na educação pode proporcionar diversos benefícios, sobre os quais você irá conhecer um pouco mais a seguir — e também na nossa oficina!

 

Como utilizar RPGs na educação

 

Conforme explicado anteriormente, os jogos de RPG se passam em cenários que podem ser já pré-determinados pelos tabuleiros, cartas ou mapas, ou que podem ser criados e propostos pelo mestre. O jogador narrador tem uma função dentro do RPG que se assemelha muito à do professor em sala de aula, conduzindo os demais participantes pelo processo, oferecendo orientação e apoio.

 

Aí já está nosso primeiro ponto em comum entre o RPG e a educação. Além disso, para utilizar esses jogos em sala de aula, os cenários a serem criados podem ser ambientes com características históricas e geográficas de momentos específicos no tempo, como as fazendas de escravos ou os feudos.

 

Isso ajuda os estudantes (ou os jogadores, como for da preferência do professor abordar) a desenvolverem maior atenção e memorização dos conteúdos expostos em sala de aula. Jogar vivenciando a pele de um personagem dentro desses ambientes que exemplificamos pode ser uma experiência muito rica para o desenvolvimento cognitivo.

 

A construção dos personagens e a forma de se portar dentro do jogo devem respeitar inúmeras características do tempo e espaço em que o jogo se passa. Assim, é preciso entender onde é aquele espaço no planeta, qual o clima, quais os fenômenos naturais aos quais o local está sujeito, quais as leis de poder que regem aquele povo, qual o histórico por trás do personagem, suas origens, passado, profissão, relação na comunidade etc.

 

Esse é um exemplo de como o RPG pode agregar complexidade ao processo educacional simplesmente por meio de sua natureza inerente. É preciso muita pesquisa e estudo para compreender todo esse cenário de cada jogo, além de dedicação no momento de jogar. Trabalhar em equipe entendendo também as dinâmicas sociais daqueles personagens pode ser um desafio muito significativo no desenvolvimento dos seus alunos.

 

Além de jogar, os professores podem estimular também que os estudantes criem jogos, cenários, ambientes, regras e demais elementos do RPG para produzir novos games. Essa é uma segunda vertente de como é possível abordar o RPG como forma de aprendizado em em sala de aula, trazendo ainda mais os alunos para o centro do seu próprio processo de desenvolvimento.

 

Os benefícios dos jogos para a educação já são estudados há muito tempo, e podem ser potencializados com seu uso digital. Inscreva-se na III Jornada Edu, da Inicie Educação, e acompanhe palestras, oficinas e debates sobre este e diversos outros temas relacionados a tecnologias educacionais.