Cinco dicas para preparar a volta às aulas presenciais

A volta às aulas presenciais no cenário da pandemia não será fácil para nenhum dos envolvidos: com a circulação de técnicos, professores, alunos, familiares e demais membros da sociedade para atender a este retorno, os riscos de contaminação pelo coronavírus aumentam. Há que se ter muito cuidado e medidas práticas de prevenção que antes da pandemia não eram sequer cogitadas.

 

Além disso os tradicionais desafios já inerentes à educação brasileira se mostram ainda mais latentes em um momento como este. Desde o início da pandemia com as escolas e universidades fechadas, o uso da tecnologia para ofertar aulas remotas vem sendo debatido.

 

O ensino híbrido — que mistura aulas presenciais com virtuais — é aceito e implementado em instituições de ensino pelo Brasil, principalmente privadas, pois é onde os estudantes dispõem de mais recursos e estrutura para ter acesso a este formato.

 

Há cinco anos, a Nuvem Mestra vem prestando apoio neste sentido às instituições de ensino de todos os níveis de educação pelo país. O objetivo é promover uma transformação de mentalidade da gestão das instituições, implementando processos mais integrado à tecnologia e com oportunidades para todos.

 

Por isso, para entender melhor como estão sendo organizadas as ações de volta às aulas neste período de pandemia, contando com o apoio da tecnologia, confira as cinco dicas que trazemos neste post!

 

O cenário da volta às aulas no Brasil

 

Aproximadamente três meses e meio com instituições de ensino fechadas e aulas paralisadas na maioria delas, o Ministério da Educação (MEC) divulgou um protocolo com recomendações para o processo de volta às aulas em institutos federais no Brasil. Neste documento são abordadas recomendações do ponto de vista de comportamentos individuais, coletivos, em aulas práticas e em áreas comuns de convívio.

 

O cenário, no entanto, não é necessariamente o melhor para a retomada exclusivamente presencial. Em São Paulo, por exemplo, a prefeitura indicou que não deve seguir este caminho para preservar a população da exposição ao vírus.

 

Por isso, uma das formas mais recomendadas pelas autoridades da Educação no país para colocar em prática esta volta às aulas é uma adequação gradual e por meio do ensino híbrido — que traz muito do que seria praticado presencialmente na escola para dentro da casa do aluno por meio da tecnologia.

 

Vamos entender um pouco melhor sobre como funciona esse formato e como você pode aplicá-lo na sua instituição de ensino.

 

Ensino híbrido: como funciona e porque pode ser uma solução

 

O avanço tecnológico e de mentalidade nas instituições de ensino foi amplamente acelerado pelas necessidades impostas pela pandemia no mundo. No Brasil não foi diferente, e muitas escolas precisaram rapidamente aprender como implementar módulos de educação a distância ou de aulas virtuais para manter os alunos ocupados e dar sequência ao ano letivo.

 

Os principais elementos valorizados no modelo de ensino híbrido são a autonomia de cada estudante e o aprendizado coletivo como norteador das práticas. As aulas podem ser aplicadas nos formatos offline e online, sendo que tradicionalmente o online pode também ser presencial, porém no contexto da pandemia entende-se que o melhor é ser a distância.

 

Por isso esse formato vem sendo tão discutido e implementado onde o cenário oferecer as condições necessárias.

 

Cinco dicas práticas para a volta às aulas

 

Ao redor do mundo, diversos países já retomaram as aulas, seguindo rígidos protocolos sanitários e de segurança e mantendo um acompanhamento próximo das autoridades sobre o controle da curva de casos.

 

Para a volta às aulas no Brasil, aqui vão algumas dicas, baseadas no que já vem sendo praticado em outros lugares e nas recomendações específicas do nosso país — que por ser continental traz desafios ainda maiores.

 

1 – Volta às aulas gradual com ensino híbrido

 

Mesmo após o retorno presencial, o recomendado é que as instituições ainda sigam aplicando aulas remotas para que haja uma redução na circulação de pessoas. Com menos estudantes indo para a escola, menos pais, mães e responsáveis precisam sair para levá-los e menor é o risco de contágio.

 

2 – Medidas de desinfecção e higienização

 

As medidas vêm sendo aplicadas em larga escala mundo afora, e não poderão ser descartadas quando da volta às aulas no Brasil. A desinfecção de todo o ambiente deve ser realizada com frequência diária, no mínimo, após o encerramento das atividades da instituições em cada dia.

 

Quanto à higienização, algumas dicas práticas são a disponibilização de lavatórios e tapetes com solução higienizadora para os calçados próximos à entrada das instituições, além de dispensadores de álcool em gel em todas as salas. Além disso, orientar todo o corpo docente e discente sobre a higienização e melhores práticas quanto a ela será essencial, seja por meio de cartazes espalhados pela instituição ou até mesmo pela fiscalização nas primeiras semanas, até que se torne um hábito.

 

3 – Uso de máscaras

 

Por mais que o adereço não seja dos mais confortáveis, a população do Brasil e do mundo tem aprendido a utilizá-lo como parte integrante já de suas vestimentas ao sair na rua. Para a volta às aulas, contar com as máscaras de proteção com ao menos duas camadas de tecido deverá ser obrigatório durante todo o período de permanência nas dependências da instituição — e também em seus arredores, para estimular que se utilize sempre que a pessoa estiver na rua.

 

4 – Aferição de temperatura

 

Para adentrar os recintos educacionais deverá ser obrigatório estar com a temperatura dentro do considerado salutar diante da Covid-19. Caso haja qualquer alteração, o estudante ou professor não terá acesso permitido à instituição e será orientado a buscar ajuda pelos recursos disponíveis em sua cidade. Essa cartilha de orientações é uma boa dica também que a sua instituição pode buscar deixar pronta, com base nas recomendações das autoridades sanitárias, para quando as aulas retornarem.

 

5 – Distanciamento social: obrigatório

 

Após mais de três meses com as instituições de ensino fechadas, fica evidente que o distanciamento social não poderá voltar quando da retomada das aulas presenciais. As escolas e universidades devem realizar estudos técnicos e análises sobre o percentual de ocupação que será possível manter com relação às turmas para que se possa aplicar o distanciamento mínimo adequado — de 1m entre as pessoas — dentro das salas de aula e nos horários de entrada, intervalo e saída. 

 

Importante lembrar que provavelmente saídas coletivas para recreio e refeições nas cantinas não serão permitidas, sob risco de aglomeração e disseminação da doença. Além disso, mesmo com a distância segura sendo mantida, manter janelas sempre abertas e priorizar aulas em ambientes ao ar livre são algumas dicas que você também pode implementar.

 

Agilidade na adoção de processos digitais, engajamento e maior participação nas práticas escolares são alguns dos benefícios que podem vir da implementação destas dicas. Com a pandemia, é previsto que a evasão escolar deve aumentar ainda mais entre os estudantes mais pobres, mas o uso de tecnologias nesse processo de volta às aulas pode trazer aumento do tempo de permanência das crianças na escola.

 

Aprendizado contínuo é um dos lemas que praticamos na Inicie e junto aos nossos clientes. Por isso, queremos convidar você a acompanhar no nosso blog que está lançando um novo planejamento de conteúdo para trazer ainda mais conhecimento e aplicações práticas para o seu dia a dia. Qualquer dúvida, entre em contato e te ajudaremos!