Reportagem do Jornal Beltrão sobre aulas em vídeoconferência.
Pela primeira vez, a Unidade da Universidade Paranaense -Unipar em Francisco Beltrão foi palco de uma defesa de dissertação. O curso em foco, Biotecnologia Aplicada à Agricultura, é oferecido em Umuarama, mas a acadêmica Simone Schenkel Scheid, que concluiu mestrado nessa área, não precisou se deslocar da sua cidade – Beltrão – para apresentar seu trabalho na unidade-sede da instituição. Isso porque a coordenação recorreu à tecnologia.
Somone, por videoconferência, pôde apresentar seu trabalho diante de uma câmera acoplada no computador e ser questionada pela banca, da mesma maneira. Ela diz que foi interessante a experiência, principalmente porque não precisou viajar. E sobre o momento, diz que foi único: “Realizei meu sonho de ser mestre em Biotecnologia; agora estou me organizando para ingressar no doutorado, no início do ano que vem”.
Seu estudo foi sobre ‘Enriquecimento de ferro em cogumelos’. “O ferro é um elemento fundamental para a saúde e a associação deste mineral com cogumelos, que também são maravilhosos para a saúde humana, gera um alimento de alto potencial econômico para os produtores” defendeu Simone. Para as pesquisas de laboratório ela contou com a estrutura e com a colaboração do professor doutor Leonardo Garcia Velasquez, da Unipar em Francisco Beltrão. Velasquez fez parte da banca, com as professoras doutoras Juliane do Valle e Giani Linde.
Para a professora Giani, orientadora da mestre Simone, a Unipar recorreu a esta inovação justamente para facilitar a vida da acadêmica. “Utilizamos as ferramentas do Google para a Educação e a sessão foi bem-sucedida”, comemora.
O idealizador da proposta foi o coordenador do programa de mestrado e doutorado em Biotecnologia Aplicada à Agricultura da Unipar, professor-doutor Nelson Colauto.
“Precisamos buscar atender cada vez melhor as necessidades dos nossos alunos, por isso fazemos questão de inovar, utilizando as tecnologias”, analisa, informando que no curso a videoconferência já é usada para reuniões de orientação e outras atividades acadêmicas.
Para Colauto, a tendência é ampliar as atividades que flexibilizam o ensino dos alunos e facilitam a internacionalização das bancas de avaliação dos projetos finais de mestrado e doutorado. “A partir de agora usaremos, com certeza, muito mais vezes, podendo, inclusive, convidar professores de universidades do Brasil e do exterior para participar das bancas, que será mais um diferencial do nosso curso”.
Este é também o pensamento da diretora de Pesquisa e Pós-Graduação da Unipar, professora doutora Evellyn Wietzikoski. “Trata-se de uma tendência e a Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) já sinalizou esta direção para as universidades e a Unipar sai na frente, como sempre”.
O diretor da Unidade da Unipar em Francisco Beltrão, professor Claudemir José de Souza, também comemora o sucesso da sessão de defesa.
“Foi produtiva, foi dinâmica e uma iniciativa inteligente da Unipar; temos os recursos e usaremos o máximo que pudermos, afinal, as tecnologias estão aí para nos beneficiar”, arrematou.