A Oxford University Press, do Dicionário Oxford, elegeu “brain rot” como a palavra do ano de 2024, mas você sabe o que significa isso?
Apesar de parecer recente, brain rot é um conceito que existe há mais de um século, sendo inicialmente usado para descrever a superficialidade intelectual ou um conteúdo de baixa qualidade consumido no mundo digital. Em 2024, a expressão ganhou nova relevância para descrever a sobrecarga digital e o impacto desse comportamento, especialmente entre os jovens, que enfrentam uma avalanche constante de informações rápidas e, muitas vezes, irrelevantes.
Traduzido de forma literal como “podridão cerebral”, o termo se relaciona, ainda, ao impacto do consumo excessivo de conteúdos online, algo que muitos vivenciam ao passar horas rolando nas redes sociais. Por isso, a escolha do termo como palavra do ano gera um alerta importante: como equilibrar o uso da tecnologia sem prejudicar nossa saúde mental?
O impacto do consumo digital no cérebro
São inúmeros os estudos e as pesquisas que mostram que o consumo excessivo de conteúdo superficial pode afetar funções cognitivas, como atenção e memória, além de contribuir para o desenvolvimento da ansiedade e do estresse. Isso não significa que devemos abandonar a tecnologia, mas sim aprender a usá-la de forma mais consciente.
Como encontrar equilíbrio no mundo digital?
Se a vida hoje é permeada pela conexão digital, como podemos fazer uso da tecnologia de forma segura e equilibrada, reduzindo os riscos à saúde mental?
Algumas práticas podem ajudar a encontrar esse meio-termo:
- Limite o tempo de tela: estabeleça horários específicos para desconectar; existem muitos aplicativos que podem ajudar a limitar o tempo de tela.
- Priorize conteúdo relevante: selecione fontes confiáveis e evite as “rolagens infinitas”.
- Crie momentos offline: atividades como leitura, passar tempo com os amigos, exercícios ou hobbies são essenciais para o bem-estar.
A nossa saúde mental depende de um uso mais consciente da tecnologia, algo que só será possível com práticas diárias de equilíbrio. Afinal, a tecnologia deve ser uma ferramenta para facilitar nossas vidas, e não para nos consumir.
Considerando essa temática, o consultor Doug Alvoroçado, da Inicie, desenvolveu a palestra “Geração like e equilíbrio digital”, na qual são apresentadas estratégias práticas para a comunidade escolar lidar com o impacto da tecnologia na vida dos jovens. Em vez de recorrer a proibições severas, a proposta é adotar a educação midiática como uma abordagem mais eficaz e transformadora.
Inspirada no livro “A Geração Ansiosa”, de Jonathan Haidt, essa palestra explora os efeitos psicológicos e sociais do uso excessivo de dispositivos, incentivando uma reflexão profunda sobre a necessidade de haver um equilíbrio digital. Ao promover o uso consciente e saudável da tecnologia, a experiência oferece ferramentas para educadores e famílias explorarem práticas pedagógicas mais modernas, com o apoio da Inicie.
E aí! Curtiu saber um pouco mais sobre o significado por trás dessa palavra? Fique ligado(a) no blog da Inicie para acompanhar mais conteúdos como esse!