Conheça palestras da Inicie que pautam a identidade negra e o combate ao racismo muito além do dia 20 de novembro
O Dia Nacional da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro, é uma data de reflexão e resistência no Brasil. Instituído pela Lei nº 12.519/2011, o dia é um marco para honrar a memória de Zumbi dos Palmares, um dos grandes líderes da resistência negra contra a escravidão no Brasil, e outras lideranças negras históricas, e reconhecer as contribuições fundamentais da cultura e do povo negro na formação do Brasil.
Por que a data é comemorada no dia 20 de novembro?
A escolha do 20 de novembro como Dia da Consciência Negra está diretamente ligada à morte de Zumbi dos Palmares, que liderou o Quilombo dos Palmares, uma comunidade formada por africanos escravizados que fugiram e resistiram ao sistema colonial. Zumbi foi capturado e morto em 1695 por bandeirantes, liderados por Domingos Jorge Velho. A data, resgatada por ativistas do Movimento Negro Unificado em 1978, foi definida em oposição ao 13 de maio, dia da Abolição da Escravatura, que, segundo o movimento, representa uma ideia de “falsa liberdade”. O 20 de novembro, por sua vez, simboliza uma liberdade construída através da luta.
O que representa o Dia da Consciência Negra?
O Dia da Consciência Negra traz à tona questões como racismo, desigualdade e resistência cultural. O Brasil, mesmo após séculos de abolição, ainda carrega marcas profundas do período escravocrata, com desigualdades em todos os setores. Dados do Censo 2022, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelaram que 55,5% da população se identifica como preta ou parda. Uma população que compõe a maior parte dos brasileiros mas ainda enfrenta obstáculos estruturais no mercado de trabalho, sistema de justiça e educação, sendo relegada, em sua maioria, às classes mais pobres e marginalizadas.
Um pouco sobre o papel de Zumbi dos Palmares e do Quilombo dos Palmares
Zumbi dos Palmares tornou-se símbolo de resistência e resiliência, e o Quilombo dos Palmares é lembrado como um dos maiores e mais organizados quilombos da história colonial brasileira. Para muitos, Zumbi representa não só a liberdade dos povos escravizados, mas também a luta pela dignidade e pelos direitos de todas as minorias oprimidas. Sua história é hoje recomendada nas Diretrizes Curriculares para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira, promovendo uma educação que valorize a diversidade e a representatividade.
Seguindo essas diretrizes, a Inicie oferece palestras e oficinas que abordam temas essenciais como o racismo e a identidade negra, inspiradas na necessidade de pautar cada vez mais atividades que discutem a importância de uma educação inclusiva e multicultural, incluindo o papel da história afro-brasileira na formação dos estudantes. Confira:
História, cultura e identidade negra: esta palestra destina-se a professores e alunos e aborda a trajetória da diáspora africana, destacando as contribuições culturais e os desafios enfrentados pela comunidade negra. Por meio de uma imersão em manifestações artísticas e formas de resistência, busca-se promover a conscientização sobre a importância da igualdade racial e a valorização da diversidade, com o objetivo de desconstruir estereótipos e fortalecer uma identidade inclusiva e respeitosa.
Uma conversa com cor – palestra sobre racismo: voltada para a comunidade escolar, equipes administrativas e gestores, esta palestra explora o conceito de racismo, sua origem e suas consequências no dia a dia. O objetivo é equipar os participantes com conhecimentos e estratégias para reconhecer e enfrentar o racismo em todas as suas formas, conscientizando-os sobre a importância de atuar como agentes transformadores e promover um ambiente de respeito e equidade.