Data marca a importância das relações e o incentivo às habilidades socioemocionais desde a infância
No dia 20 de julho, é comemorado o Dia do Amigo, uma data que lembra a importância das amizades na vida em sociedade. Originalmente instituída na Argentina, pelo professor de psicologia Enrique Ernesto Febbraro, a celebração foi inspirada pela chegada do homem à Lua, em 1969. Para Febbraro, esse feito representava um avanço científico e uma oportunidade de unir as pessoas em amizade, inclusive além das fronteiras terrestres. Febbraro, então, escreveu mais de mil cartas propondo a criação do Dia do Amigo. Sua proposta visava usar o evento histórico ocorrido em 20 de julho daquele ano como um símbolo de amizade e união global entre os povos. Assim, o Dia do Amigo começou a ser celebrado na Argentina e logo se espalhou para outros países da América Latina, incluindo o Brasil, onde a data ganhou popularidade nos anos 1990.
Além do Dia do Amigo, o mês também marca a celebração do Dia Internacional da Amizade, em 30 de julho. A data foi proclamada pela ONU, em 2011, com a intenção de promover a amizade entre povos, culturas e indivíduos e incentivar esforços pela paz, criando laços mais fortes entre comunidades.
Na educação, o Dia do Amigo é uma oportunidade para valorizar as pessoas especiais que rodeiam a vida de alunos, professores e todos os que convivem em uma comunidade escolar. É um momento para expressar gratidão, fortalecer laços e criar novas memórias. Os amigos têm um papel fundamental no desenvolvimento social, emocional e cognitivo dos indivíduos desde tenra idade, e essa importância é ainda mais evidente na comunidade escolar, pois é onde as crianças e os jovens passam a maior parte do tempo durante sua formação.
Os amigos na escola são companheiros de brincadeiras, confidentes, apoio emocional e inesgotável fonte de aprendizado interpessoal, da Educação Infantil até o Ensino Superior. Por meio das interações com os amigos, as crianças aprendem a compartilhar, a colaborar, a resolver conflitos e a desenvolver empatia, habilidades que são essenciais para o sucesso acadêmico, para a construção de relacionamentos saudáveis e para o bem-estar geral ao longo da vida. Por isso, o Dia do Amigo também é uma oportunidade para reconhecer e valorizar a diversidade de experiências e perspectivas dentro da escola.
Na comunidade escolar, as celebrações do Dia do Amigo podem incluir atividades que incentivem a interação entre os alunos, como jogos em equipe, projetos colaborativos e eventos culturais, como a trilha Aluno Tutor da Inicie.
“Acho que o que eu mais gostei foi como engajar a nossa comunidade no projeto, e também gostei muito de fazer o storyboard (que foi um dos nossos produtos finais)”, disse a aluna de uma instituição atendida pela Inicie que participou da trilha Aluno Tutor.
A trilha prevê a interação dos jovens tutores uns com os outros, para que compartilhem sempre o aprendizado conquistado, criando também uma rede de relações importantes para a comunidade escolar. Trata-se de uma trilha contagiante que transforma os estudantes em tutores de outros estudantes, possibilitando uma relação sólida e harmoniosa, e que proporciona feedbacks como este:
“Eu achei muito legal e gostaria de aprender muito mais, recomendei para uma amiga e hoje ela é uma aluna tutora junto comigo, adorei minhas experiências”, disse outra aluna tutora.
Um outro aluno fez questão de deixar o seu recado:
“Façam! E chamem os seus amigos também para ficar mais divertido”, comentou.
Para os estudantes, trabalhar em grupo com colegas e amigos amplia suas visões e fortalece a colaboração em todo o percurso escolar. Mas os educadores não ficam de fora: eles desempenham um papel essencial na promoção da amizade e na construção de uma cultura escolar positiva.
Os professores podem criar oportunidades para os alunos aprenderem sobre a importância da interação entre colegas e amigos em sala de aula, ensinando habilidades socioemocionais e incentivando comportamentos.
Para a Inicie, dinâmicas como essa são fundamentais para a vivência escolar e, por isso, são trabalhadas nas mais diversas oficinas de habilidades e de inteligência emocional, como as oficinas “Plano para aplicação do letramento emocional”, “Educação socioemocional não é se sentir bem”, “Tem espaço para a emoção na escola?” e “Inteligência emocional: desenvolver habilidades e construir saberes”.
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