empreendedorismo na escola

5 iniciativas para promover o empreendedorismo na escola

Abordar o empreendedorismo na escola é um passo fundamental para expandir os horizontes das crianças e jovens.  O empreendedorismo na escola é uma tendência atual, pareada às habilidades demandadas tanto pela BNCC, ONU (ODS) como pelo próprio mercado. A mentalidade empreendedora traz consigo diversas características relativas a competências e habilidades que podem ser desenvolvidas ao longo da vida.

 

Isso porque o cenário do empreendedorismo costuma apresentar inúmeros desafios para aqueles que optam por percorrer essa jornada. Empreender é tomar riscos, lidar com incertezas e se expor emocionalmente o tempo todo. No outro lado da mesma moeda, empreender também é crescer absurdamente em pouco tempo, desenvolver senso crítico, criatividade, inovação e resiliência.

 

Por isso, incorporar aspectos relacionados à mentalidade empreendedora à formação das crianças e jovens desde cedo pode contribuir muito com seu desempenho na vida adulta. Os benefícios vão desde o desenvolvimento de competências como as já mencionadas, a exemplo de como  lidar com as suas emoções e adversidades, até a abertura do empreendedorismo como um caminho possível de carreira.

 

Características da mentalidade empreendedora

 

O empreendedorismo é, de forma simplificada, a transformação de ideias inovadoras em soluções para problemas de grupos de pessoas, segmentos ou setores. Depois disso, a transformação gradual desta solução em um modelo de negócio que seja sustentável. Para que isso seja realizado, entra em cena a mentalidade empreendedora. Ou seja, o modo de pensar e agir que possibilita a concretização dessas transformações.

 

Conforme mencionado anteriormente, empreender é uma jornada desafiadora para os que escolhem este caminho. A educação tradicional tem como foco estimular que os jovens cursem uma faculdade e, a partir dali, encontrem caminhos profissionais em sua área de atuação.

 

Isso pode significar trabalhar em empresas, órgãos públicos, prestando serviços de forma terceirizada ou, até mesmo, abrindo suas próprias empresas. Este último ponto pode parecer que se trata de empreendedorismo, porém não necessariamente. Isso porque uma coisa é abrir uma empresa que oferece serviços ou produtos dentro da economia padrão. Outra coisa é tomar o risco de criar um novo produto ou serviço e oferecê-lo ao mercado através da sua empresa.

 

A mentalidade empreendedora que está por trás disso é a de ter resiliência para enfrentar essa decisão. O sucesso ou não de um negócio, neste caso, pode estar relacionado a inúmeras variáveis. O empreendedorismo é, portanto, um processo contínuo de testes e aprendizagem, para o qual o empreendedor precisa estar preparado.

 

Quem empreende precisa ter determinação para lidar com essas incertezas e buscar sempre superar os desafios. Além disso, negócios em estágio inicial exigem que o próprio empreendedor assuma múltiplas frentes, tais como:

 

  • prospecção de clientes;
  • vendas;
  • marketing e comunicação;
  • gestão de pessoas;
  • financeiro e administrativo;
  • gestão de produto;
  • etc.

 

Assim, a pessoa deve ser capaz de aprender rápido e precisa ter disposição para se lançar nessas áreas, as quais não necessariamente são de seu domínio. Tudo isso faz parte da mentalidade empreendedora e dos aspectos que o empreendedorismo ajuda a desenvolver.

 

5 dicas de como promover o empreendedorismo na escola

 

Em primeiro lugar, é fundamental compreender que promover o empreendedorismo na escola é falar sobre experiências inovadoras de aprendizagem. Como mencionado anteriormente, no formato tradicional de educação este tipo de discurso não é tão promovido. Assim, se a sua instituição quer falar sobre isso, saiba que você está inovando e vai se destacar no mercado por conta disso!

 

Para te ajudar com isso, separamos 5 dicas de como investir em iniciativas que promovam o empreendedorismo na escola. Confira!

 

#1 Abordar as características da pessoa empreendedora

 

Tudo no empreendedorismo é sobre identificar problemas, enxergar oportunidades e desenvolver soluções. Falar sobre o quanto todos nós já carregamos um pouco disso em nossa essência humana já ajuda a desmistificar um pouco a figura da pessoa empreendedora. Assim, trazer essas características e conectá-las com a realidade dos alunos incentiva e promove uma transformação desde a base.

 

#2 Trazer o empreendedorismo para o dia a dia

 

O primeiro passo para isso é compreender o que foi mencionado anteriormente: a mentalidade empreendedora está, de alguma forma e em algum nível, em todos nós. A partir deste entendimento, é possível trazer pequenos problemas do dia a dia para discussão em sala de aula, visando a apresentação de propostas de solução.

 

Preparar os jovens para a resolução dos problemas complexos do futuro faz parte da função social da escola. Isso faz com que os estudantes percebam o potencial que possuem e se sintam instigados a desenvolvê-lo cada vez mais.

 

#3 Enfatizar habilidades e competências da BNCC

 

Felizmente para os educadores, as competências e habilidades ligadas ao empreendedorismo também estão relacionadas com a proposta da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). A lei de diretrizes para a educação brasileira prevê o desenvolvimento de 10 competências gerais por todos os estudantes da educação básica.

 

Da primeira à última, todas evidenciam aspectos que contribuem com a formação empreendedora. Assim, é possível enfatizar pontos como pensamento científico, crítico e criativo; cultura digital; comunicação; argumentação; autoconhecimento e autocuidado; empatia e cooperação; e responsabilidade e cidadania.

 

Com isso, promove-se uma integração entre o que se espera dos jovens na vida adulta e aquilo que é básico para se aventurar no empreendedorismo.

 

#4 Realizar atividades práticas e exposições

 

A promoção de atividades práticas faz com que os estudantes sintam uma maior conexão com a realidade em questão. No caso do empreendedorismo na escola, promover atividades que os coloquem em contato com desafios e problemas a serem solucionados, pode ser um ótimo caminho.

 

É importante destacar neste ponto que somente a prática irá concretizar os aprendizados adquiridos. No que toca ao empreendedorismo, o foco no impacto na comunidade escolar como um todo, ou quem sabe na sociedade como um todo, é um elo prático fundamental para uma maior aderência e contextualização dos aprendizados compartilhados.

 

Além disso, realizar exposições na escola sobre o tema, apresentando casos e histórias, pode ser também uma ótima forma de colocá-los em contato com esta realidade.

 

#5 Aproximar os estudantes de profissionais do mercado

 

Nossa última dica está também um pouco relacionada à promoção de atividades práticas, mas principalmente tem foco no contato dos estudantes com profissionais do mercado. Através da iniciativa Startup at School (S@S), promovida pela Inicie Educação, a escola pode implementar um programa inovador com seis meses ou um ano de duração visando falar sobre empreendedorismo na escola.

 

Através do programa, as crianças e jovens são colocadas em contato direto com empreendedores e têm seus interesses pela criação de negócios inovadores estimulados.

 

O programa S@S se baseia em etapas consolidadas para o desenvolvimento de uma Startup. E, em cada uma delas, há uma série de habilidades diferentes e complementares sendo desenvolvidas, tais quais:

 

  • Identificação de problemáticas;
  • Análise de tendências;
  • Design Thinking;
  • Prototipação;
  • Avaliação processual;
  • Trabalho colaborativo;
  • Análise de mercado;
  • Testagem de protótipo;
  • Pensamento Global;
  • Learning by doing;
  • etc.

 

Fazem parte do programa aulas e mentorias com nossos consultores, além de eventos em que os estudantes terão contato com estes empreendedores e fundadores de startups. Sim! A proposta é que os estudantes simulem, acompanhados pelos professores e mentores, a criação de uma startup. Que tal?